sábado, 14 de novembro de 2009

Violência na escola

Violência na escola

A violência é algo que esta no ocorrendo com muita freqüência nos dias de hoje sem duvida alguma é um mau muito grande, pois sofremos muito com isso, com toda certeza não é uma coisa boa.

A violência na escola principalmente, pois a escola é um lugar para se estudar, para se dedicar em aprender e não para pensar em brigas roubos e morte, mas é o que acontece hoje em dia.

Nessa ultima semana aconteceu um caso no Brasil, onde um menino levou uma faca na escola e esfaqueou duas pessoas, um menino morreu e outro está internado em estagio grave.

Violência e drogas nas escolas

É importante ressaltar que a violência escolar não vem desacompanhada de outros fatores. Não é algo que surge e termina dentro da sala de aula. É apenas uma das facetas dos variados tipos de violência que acercam o jovem diariamente: a violência familiar, social, estatal, verbal, física, comportamental, entre tantas outras. O aluno influenciado por tipos de violência em casa ou na rua é meio de transporte para que esta violência adentre as escolas.
O assunto é vasto e merece muitas discussões e reflexões. Contudo, para o professor, além de combater as causas, é de imediata importância também entender e tentar controlar suas conseqüências. Para isso, muitas possíveis soluções estão sendo apontadas a fim de que esse sério problema seja resolvido. Uma das ações que melhores resultados tem mostrado é a boa gestão da escola. Ou seja, a vontade dos diretores e dos professores de mudar o quadro depredado da escola. Bons exemplos encontramos em escolas como a da Vila Prete e a Professor José Negri, ambas no estado de São Paulo. Essas escolas conseguiram ótimas notas em exames nacionais, e o segredo está na boa gestão.
Uma gestão de qualidade inclui projetos que tragam os professores, pais e voluntários para perto dos alunos, dentro da escola. Projetos como atividades internas nos períodos em que não se tenham aulas, aos fins de semana etc, assim como o conhecido Amigos da Escola, ou mesmo outros de iniciativa própria nas comunidades.
O importante é acreditar no aluno. Não se pode desistir daquele aluno que não consegue aprender e tem dificuldades dentro e fora da escola, sentindo-se intimidado com a frustração, ele pode reagir com violência. A professora Mabel Victorino, 30 anos, deixa isso claro quando fala sobre o assunto, “A gente tem de usar todas as formas possíveis para fazer o aluno aprender… Se não dá de um jeito, aprende de outro.”
A vontade de se empenhar na pacificação da escola já é bem antiga, em 1999, uma reportagem da ISTOÉ que tratava da violência escolar coloca um comentário do pedagogo Roberto Leme, presidente da UDEMO na época,
“Sem conseguir sobressair, os jovens se juntam em grupos e partem para a violência”, explicitando a importância das atividades extracurriculares na rotina do jovem.


As Drogas


Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições. Na mesma pesquisa da UDEMO, “27% das escolas pesquisadas relataram que alunos portavam e consumiam bebidas alcoólicas durante as aulas. 19% das escolas foram invadidas por estranhos, com objetivo de furto, roubo, estupro, tráfico, de drogas. 18% acusaram porte ilegal de armas, por parte dos alunos.”
A solicitação de um bom policiamento às autoridades, como se já não fosse um dever, pode ajudar. Às vezes, apenas a presença de uma viatura da Guarda Municipal já é o suficiente para intimidar possíveis problemas nas saídas das escolas e o comércio de drogas - pelo menos em frente aos portões.
Um levantamento publicado pelo jornal argentino Clarín, no ano passado, mostra que o Brasil é o 3º em uso de cocaína na América do Sul,
“1,7% dos brasileiros matriculados no ensino médio já consumiram a droga.”
O Brasil perde apenas para a Argentina e para o Chile. Isso pode nos dar uma idéia de como o problema é grande.
Sem contar o uso de bebidas alcoólicas e de cigarro comum. A criança com muito tempo livre ocioso acaba por assistir a muitos programas violentos e que incentivam o uso de álcool, por exemplo.

Aída Maria Monteiro Silvia trata, em seu texto, A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e Professores, entre outras coisas, a influência que a programação pouco educativa da televisão causa às crianças.
Campanhas e projetos que dão seminários sobre o uso e o efeito das drogas no organismo podem ajudar no combate a esse uso indevido na rua e nas salas de aula.















Quadro de Medalhas das Olimpíadas 2008 - Resultado Final


Ouro Prata Bronze Total
1
China 51 21 28 100

2

Estados Unidos 36 38 36 110

3

Rússia 23 21 28 72

4

Grã-Bretanha 19 13 15 47

5

Alemanha 16 10 15 41

6

Austrália 14 15 17 46

7

Coréia 13 10 8 31

8

Japão 9 6 10 25

9

Itália 8 10 10 28

10

França 7 16 17 40

11

Ucrânia 7 5 15 27

12

Países Baixos 7 5 4 16

13

Jamaica 6 3 2 11

14

Espanha 5 10 3 18

15

Quênia 5 5 4 14

16

Belarus 4 5 10 19

17

Romênia 4 1 3 8

18

Etiópia 4 1 2 7

19

Canadá 3 9 6 18

20

Polônia 3 6 1 10

21

Hungria 3 5 2 10

21

Noruega 3 5 2 10

23

Brasil 3 4 8 15

24

República Tcheca 3 3 0 6

25

Eslováquia 3 2 1 6

26

Nova Zelândia 3 1 5 9

27

Geórgia 3 0 3 6

28

Cuba 2 11 11 24

29

Cazaquistão 2 4 7 13

30

Dinamarca 2 2 3 7

31

Mongólia 2 2 0 4

31

Tailândia 2 2 0 4

33

Coréia do Norte 2 1 3 6

34

Argentina 2 0 4 6

34

Suíça 2 0 4 6

36

México 2 0 1 3

37

Turquia 1 4 3 8

38

Zimbábue 1 3 0 4

39

Azerbaijão 1 2 4 7

40

Uzbequistão 1 2 3 6

41

Eslovênia 1 2 2 5

42

Bulgária 1 1 3 5

42

Indonésia 1 1 3 5

44

Finlândia 1 1 2 4

45

Letônia 1 1 1 3

46

Bélgica 1 1 0 2

46

República Dominicana 1 1 0 2

46

Estônia 1 1 0 2

46

Portugal 1 1 0 2

50

Índia 1 0 2 3

51

Irã 1 0 1 2

52

Bahrein 1 0 0 1

52

Camarões 1 0 0 1

52

Panamá 1 0 0 1

52

Tunísia 1 0 0 1

56

Suécia 0 4 1 5

57

Croácia 0 2 3 5

57

Lituânia 0 2 3 5

59

Grécia 0 2 2 4

60

Trinidad e Tobago 0 2 0 2

61

Nigéria 0 1 3 4

62

Áustria 0 1 2 3

62

Irlanda 0 1 2 3

62

República da Sérvia 0 1 2 3

65

Argélia 0 1 1 2

65

Bahamas 0 1 1 2

65

Colômbia 0 1 1 2

65

Quirquistão 0 1 1 2

65

Marrocos 0 1 1 2

65

Tadjiquistão 0 1 1 2

71

Chile 0 1 0 1

71

Equador 0 1 0 1

71

Islândia 0 1 0 1

71

Malásia 0 1 0 1

71

África do Sul 0 1 0 1

71

Cingapura 0 1 0 1

71

Sudão 0 1 0 1

71

Vietnã 0 1 0 1

79

Armênia 0 0 6 6

80

Taipé 0 0 4 4

81

Afeganistão 0 0 1 1

81

Egito 0 0 1 1

81

Israel 0 0 1 1

81

Moldova 0 0 1 1

81

Maurício 0 0 1 1

81

Togo 0 0 1 1

81

Venezuela 0 0 1 1












































Brasil

3 4 8 15

Olimpíadas de Pequim - China 2008 Mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 História das mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008


Adicionar vídeoEm 11 de Novembro de 2005 as mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim foram apresentadas ao público. A data da revelação das mascotes olímpicas não foi escolhida por acaso. Faltavam exatos mil dias para o início dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Os "Fuwa" são as mascotes dos Jogos Olímpicos de Verão de Pequim 2008. Fuwa significa "Crianças de boa sorte" em mandarim. O nome das cinco mascotes (Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini) são repetições das sílabas da frase "Be(iji-ng hua-nyíng ni" (Pequim lhes dá as boas-vindas). Cada uma das mascotes representa um dos elementos tradicionais chineses (metal, madeira, água, fogo e terra), além das cinco cores dos anéis olímpicos (amarelo, azul, verde, vermelho e preto) e figuras e animais característicos da China.

Ficha de Beibei - Mascote dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008


Nini

Sexo da mascote: feminino
Cor da mascote: verde
Símbolo: andorinha
Personalidade: inocência
Ideal: boa sorte
Esportes: ginástica
Inspiração: andorinhas e as pipas (papagaios) chinesas
Notas: na cultura chinesa a andorinha é considerada a mensageira da primavera, simbolizando boa sorte. O ideograma chinês para andorinha é usado também no ideograma Yanjing, antigo nome de Pequim. Nini usa uma pipa chinesa em formato de andorinha em seu chapéu.

Yingying

Sexo da mascote: masculino
Cor da mascote: amarelo
Símbolo: antílope-tibetano
Personalidade: vivacidade e astúcia
Ideal: saúde
Esportes: atletismo
Inspiração: costumes do Tibete e Xinjiang (regiões autônomas do oeste da China)
Notas: o antílope-tibetano é uma espécie ameaçada de extinção e símbolo do planalto tibetano


Huanhuan

Sexo da mascote: masculino
Cor da mascote: vermelho
Símbolo: chama olímpica
Personalidade: entusiasmo
Ideal: paixão
Esportes: esportes com bola (futebol, basquetebol, handebol, etc.)
Inspiração: desenhos de chamas nas Grutas de Mogao, também conhecidas como "Cavernas dos Mil Budas" foram declaradas patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1987)
Notas: Huanhuan representa o Lema Olímpico "Citius, Altius, Fortius" (Mais rápido, mais alto, mais forte)

Jingjing

Sexo da mascote: masculino
Cor da mascote: preto
Símbolo: panda
Personalidade: honestidade e otimismo
Ideal: felicidade
Esportes: halterofilismo, judô, etc.
Inspiração: panda gigante, Dinastia Song e porcelanas antigas
Notas: o panda é uma espécie ameaçada de extinção e um símbolo da China. Representa a coexistência entre a humanidade e a natureza

Beibei

Sexo da mascote: feminino
Cor da mascote: azul
Símbolo: peixe
Personalidade: generosidade e pureza
Ideal: prosperidade
Esportes: esportes aquáticos
Inspiração: imagens decorativas do Ano novo chinês
Notas: na cultura tradicional chinesa o peixe representa a prosperidade. O ideograma chinês para peixe é parecido com o da abundância.

A violência, a escola e você


Nenhum professor pode ser desrespeitado em seu trabalho, mas também é nosso papel compreender a realidade ao nosso redor para garantir que os jovens aprendam


{txtalt}
Luis Carlos de Menezes, físico e educador da USP, propõe que a escola trate explicitamente da violência para conseguir realizar sua função social.
A onda de violência que atinge escolas no Brasil também é vista em outras partes do mundo. Nos últimos tempos, casos de jovens assassinados em nossas escolas se alternam com notícias de matanças múltiplas em colégios norte-americanos. Mais recentemente, no intervalo de poucos dias, sucederam-se notícias de agressões em que uma professora teve os dentes quebrados, outra teve um dedo decepado, outra ainda os cabelos queimados - e um professor foi morto a tiros.

Nessas horas me vem à mente a lembrança de um amigo de grande sabedoria e humanismo, cuja capacidade de esperança permitia enxergar além do imediato e vislumbrar saídas. Há pouco mais de dez anos, eu o ouvi pela última vez, pelo rádio, entrevistado justamente sobre a violência, que já se agravava. Paulo Freire parecia perplexo, pois a escola era para ele um cenário em que os conflitos são tratados, mas em nenhuma hipótese com agressões. Ao escrever agora sobre esse tema, lembro que meu velho amigo morreu antes que pudéssemos voltar a conversar e reconheço que preciso recuperar a sintonia com minhas heranças humanistas para propor ações em que a dimensão pedagógica se sobreponha à repressiva.

Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.

Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão.

Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Acredito que as situações que dizem respeito a questões internas devem ser tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.

Violência e drogas nas escolas

A violência na escola é assunto antigo das conversas sobre educação. Em 2000, a UDEMO realizou uma pesquisa com quase 500 escolas públicas de todo o estado de São Paulo, 44% afirmaram que a violência aumentara em relação aos anos anteriores.

É importante ressaltar que a violência escolar não vem desacompanhada de outros fatores. Não é algo que surge e termina dentro da sala de aula. É apenas uma das facetas dos variados tipos de violência que acercam o jovem diariamente: a violência familiar, social, estatal, verbal, física, comportamental, entre tantas outras. O aluno influenciado por tipos de violência em casa ou na rua é meio de transporte para que esta violência adentre as escolas.

O assunto é vasto e merece muitas discussões e reflexões. Contudo, para o professor, além de combater as causas, é de imediata importância também entender e tentar controlar suas conseqüências. Para isso, muitas possíveis soluções estão sendo apontadas a fim de que esse sério problema seja resolvido. Uma das ações que melhores resultados tem mostrado é a boa gestão da escola. Ou seja, a vontade dos diretores e dos professores de mudar o quadro depredado da escola. Bons exemplos encontramos em escolas como a da Vila Prete e a Professor José Negri, ambas no estado de São Paulo. Essas escolas conseguiram ótimas notas em exames nacionais, e o segredo está na boa gestão.

Uma gestão de qualidade inclui projetos que tragam os professores, pais e voluntários para perto dos alunos, dentro da escola. Projetos como atividades internas nos períodos em que não se tenham aulas, aos fins de semana etc, assim como o conhecido Amigos da Escola, ou mesmo outros de iniciativa própria nas comunidades.

O importante é acreditar no aluno. Não se pode desistir daquele aluno que não consegue aprender e tem dificuldades dentro e fora da escola, sentindo-se intimidado com a frustração, ele pode reagir com violência. A professora Mabel Victorino, 30 anos, deixa isso claro quando fala sobre o assunto,

“A gente tem de usar todas as formas possíveis para fazer o aluno aprender… Se não dá de um jeito, aprende de outro.”

A vontade de se empenhar na pacificação da escola já é bem antiga, em 1999, uma reportagem da ISTOÉ que tratava da violência escolar coloca um comentário do pedagogo Roberto Leme, presidente da UDEMO na época,

“Sem conseguir sobressair, os jovens se juntam em grupos e partem para a violência”, explicitando a importância das atividades extracurriculares na rotina do jovem.

As Drogas

Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições. Na mesma pesquisa da UDEMO,

“27% das escolas pesquisadas relataram que alunos portavam e consumiam bebidas alcoólicas durante as aulas. 19% das escolas foram invadidas por estranhos, com objetivo de furto, roubo, estupro, tráfico, de drogas. 18% acusaram porte ilegal de armas, por parte dos alunos.”

A solicitação de um bom policiamento às autoridades, como se já não fosse um dever, pode ajudar. Às vezes, apenas a presença de uma viatura da Guarda Municipal já é o suficiente para intimidar possíveis problemas nas saídas das escolas e o comércio de drogas – pelo menos em frente aos portões.

Um levantamento publicado pelo jornal argentino Clarín, no ano passado, mostra que o Brasil é o 3º em uso de cocaína na América do Sul,

“1,7% dos brasileiros matriculados no ensino médio já consumiram a droga.”

O Brasil perde apenas para a Argentina e para o Chile. Isso pode nos dar uma idéia de como o problema é grande.

Sem contar o uso de bebidas alcoólicas e de cigarro comum. A criança com muito tempo livre ocioso acaba por assistir a muitos programas violentos e que incentivam o uso de álcool, por exemplo. Aída Maria Monteiro Silvia trata, em seu texto, A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e Professores (link para o arquivo em .pdf), entre outras coisas, a influência que a programação pouco educativa da televisão causa às crianças.

Campanhas e projetos que dão seminários sobre o uso e o efeito das drogas no organismo podem ajudar no combate a esse uso indevido na rua e nas salas de aula.

Escola x Violência

Professores e alunos do curso de Pedagogia, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) de Maringá e de Cianorte (Paraná) escolheram, em 2006, debater sobre a violência “na” e “da” escola.

Os especialista convidados foram os professores Roberto da Silva e Flavia Schilling (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), e Ana Maria Mercês (PUC –SP), fizeram conferências esclarecedoras sobre o assunto, provocando reflexões e debates para além do momento de suas exposições.

Como um dos organizadores, depois do sucesso dos dois eventos, o autor desse artigo continuou realizando leituras sobre o assunto, e até elaborou um projeto de extensão que trata da crise das relações no interior da escola sob o olhar do cinema. Acrescentou-me especialmente ler o cap. 7, do livro “Relação com o Saber: formação dos professores e globalização” (Ed. Artes Médicas, 2005), do sociólogo Bernard Charlot, que indica mais alguns pontos para completar a análise dos professores convidados:

1) Além da violência “na” e “da” escola, existe a violência “à” escola. Recapitulando. A violência na escola é aquela que se produz dentro do espaço escolar, sem estar ligada à natureza e às atividades da instituição escolar: por ex.: quando um bando entra na escola para acertar contas de disputas do narcotráfico. A violência da escola é a violência institucional, simbólica, reproduzida através de seus agentes (professores, serventes), dos modos de atribuição de notas, de distribuição das classes, dos castigos, dos atos de exclusão, etc.

Segundo Charlot (op.cit.), existe ainda a violência à escola, que está ligada aos atos contra a escola; são casos em que alunos provocam incêndios, ameaçam, insultam ou agridem os professores ou funcionários da escola. Parece-me que essa dimensão da violência escapou de ser debatida no nosso evento.

Por que se preocupar com tais distinções? Porque, essas distinções orientam os professores e pesquisadores para pensarem a relação efeito e causas da violência, e também leva-os pensar preventivamente sobre o que fazer com cada situação. “Devemos perguntar por que a escola, hoje, não está mais ao abrigo de violências que outrora eram detidas em suas portas”, e o que “legalmente” pode a escola fazer face a essas situações, alerta Charlot.

2) Ainda, o autor acha pertinente estabelecer uma distinção entre violência, indisciplina, e incivilidade. Os especialistas brasileiros já vinham alertando a necessidade de distinguir indisciplina da violência (cf.: referências). A essas duas categorias, os pesquisadores franceses acrescentam a “incivilidade”. Redefinindo. O termo violência[1], pensam os franceses, deve ser reservado ao que ataca a lei com uso da força ou que ameaça usá-la: lesões, extorsão, tráfico de drogas na escola, insultos graves”, bullying. A indisciplina pode ser considerada um ato “normal” de transgressão. Considera-se “normal” o adolescente expressar conduta contrária ao regulamento interno do estabelecimento, que não é ilegal do ponto de vista da lei. A incivilidade é aonde a educação ainda não se efetivou no aprendiz; não é indisciplina e nem violência, mas efeito da ignorância. Os sociólogos franceses entendem que a incivilidade não contradiz com a lei, nem com o regimento interno do estabelecimento, mas sim, com as regras da boa convivência: a falta de respeito, uso do palavrão, a não realização dos trabalhos escolares, absenteísmo, não cumprimentar, não pedir desculpas, brincadeiras de mal gosto, empurrões, ausência de bons modos em público, ataque cotidiano ao direito de cada um (professor, funcionários, alunos) ser respeitado, etc.

Da distinção para a prática

A professora escolar precisa levar em consideração a “normalidade” de algumas transgressões dos alunos, sobretudo, considerando o aumento número de pais negligentes e sem vocação para verdadeiramente educar os filhos. A escola contemporânea convive com o dilema: educar e/ou ensinar? Deve “ensinar as crianças como o mundo é” ou “instruí-las na arte de viver”? (ARENDT, 1972).

Os adolescentes estão sempre testando os limites (seus e dos outros); eles recusam seguir as regras que o sistema escolar e a sociedade impõem. Muitos deles foram apenas criados, mal criados, e não educados. Sua rebeldia, no fundo, é contra o sistema de imposições e de exclusão. Convenhamos, existem regras injustas nas escolas, e professores mal educados.

Cabe ao professor/ professora obviamente “bem educado” distinguir um ato de indisciplina da incivilidade, e da violência, para dar encaminhamentos diferenciados. Atos que configuram violência (ex: tráfico de drogas, depredação, caso de lesão corporal, etc.) escapam do domínio da direção da escola, porque são de domínio da polícia e da justiça. Inversamente, um xingamento dirigido para a professora deve ser examinado pela equipe pedagógica e não justifica que se chame a polícia ou se abra um processo na justiça. Quanto à incivilidade, ela depende fundamentalmente de uma intervenção educativa, dentro e fora da escola.

Nos dias atuais parece estar crescendo a incivilidade entre os alunos. Arrisco-me apontar algumas causas: o convívio tribal avesso à civilidade, códigos que reforçam grosserias e insensibilidade em relação ao próximo, atos de barbárie incentivados pelo grupo, etc.

A falta de civilidade da nova geração pode ser indício de que os pais falharam na educação, mas eles não devem ser os únicos responsáveis. É possível que os pais hoje não sejam tão importantes para educar os filhos, como sinaliza o estudo de Judith Harris (1998). A influência dos grupos de pares, a televisão, os games, a interação com alguns sites da internet, juntos, promovem a incivilidade como se fosse um bem. Ser um bad boy ou uma bad girl representa um mais-gozar. Sozinha, a escola não tem o poder de reverter o processo de barbarização dos jovens. Até porque o professor pouco consegue estabelecer um vínculo transferencial positivo com os alunos interessados. Alunos incivilizados e não reconhecidos nessa condição podem reagir inconscientemente com indisciplina e até violência. Portanto, é urgente preparar os professores para saber interpretar e lidar com a nova geração resistente a ser civilizada. Não se trata de inculcar em ambos os valores da classe dominante, mas sim, transmitir os valores universais da civilização: convivência, respeito, tolerância, simpatia...

Concluindo...

O professor Roberto da Silva, na sua conferência, argumentou sobre a necessidade de se fazer registros das ocorrências cotidianas, sobretudo daquelas que envolvem alunos e professores, alunos e patrimônio escolar (carteira, parede, quadro, aparelhos, etc.), visto que tal documento se constitui a memória do estabelecimento escolar. Ou seja, o histórico das ocorrências pode pesar nos argumentos e na tomada de decisões acertadas em situações que envolvam as distinções que registramos nesse escrito.